Comentários

Quando escrevo algo e publico, sei que me coloco na condição de possível formador de opinião, porém, e quero que isso fique bem claro, tenho plena consciência de que minha opinião é apenas mais uma num universo de bilhões.
Assim, se você puder deixar um comentário sobre os textos que estão postados aqui, será muito interessante.
Se conversarmos sobre nossos dogmas, paradigmas e outras "verdades", poderemos juntos aumentar nosso alcance de visão e passaremos a enxergar um pouco além da ponta de nossos narizes, ou não.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Todo joelho se dobrará



            Leia com bastante atenção esse texto, pois vou mostrar para você que a questão, na maioria das vezes, não é de acreditar ser certo ou errado, mas sim de achar-se no direito de determinar o que pode e o que não pode.
            Sabe, como não sou diferente de ninguém, muitas são as coisas que me deixam triste. Dentre elas quero destacar nesse texto a eterna questão sobre a dita música secular e a música evangélica (uso esses termos sem qualquer juízo de valor, é somente para melhor entendimento. Quando uso outros termos é por achar mais indicados para o momento).
            Aliás, o próprio termo evangélico, já está tão desgastado e mal usado, que aqueles que não são das igrejas evangélicas quando ouvem a palavra torcem o nariz, e garanto que, em boa parte dos casos, não tem nada a ver com luta entre luz e trevas, mas sim com trevas mesmo, se é que você me entende. Mas essa discussão fica para outro dia, e garanto que vai pegar fogo.
            Voltemos ao que o texto propõe. Dia desses li uma frase do pastor Ricardo Gondim que me chamou atenção, “...não existe diferença entre música cristã e do mundo (Só existe música boa ou ruim!)...” (texto na integra no endereço: http://www.ricardogondim.com.br/meditacoes/viver-nao-cansa/). Lógico que não faltaram irmãos para dizer, “Misericórdia pastor”.
            A guerra, disfarçada e não assumida, é obvia. É de gerar tristeza sem fim. Quem ouve musica evangélica como também musica secular, acusa quem só ouve musica evangélica de hipócrita, fariseu e por aí vai. Quem só ouve música evangélica, acusa a quem ouve também a musica secular de crente carnal, pecador, paquerador das trevas, etc. Sei que é triste, muito triste, ver as pessoas fazendo, em nome de sua crença, o que não deveriam, que é julgar a quem quer que seja. Só por essa razão, estão todas sem razão.
            A verdade é que, minha verdade por sinal, pois sei que milhões, com direito adquirido na graça de Deus, pensam diferente, mas como não dependo de quantidade de pessoas para pensar o que penso e faço, dependo apenas de assumir a responsabilidade, música, para mim, é simplesmente uma manifestação artística como outra qualquer. Assim como a literatura, teatro, cinema, televisão, pintura são arte, a música também é.
            Pensando assim, e você pode pensar o que for mais confortável para ti, que a amizade continua a mesma, sendo música arte, o que a caracteriza é aquilo que o Gondim destacou: existe a boa e a ruim. Existe a música que é própria para tocar no oficio sacro e existe música inapropriada para tocar no oficio sacro (aliás, centenas de corinhos que são tocados nas igrejas são pura heresia, e muitos dizem amém. Posso citar dezenas se alguém quiser, inclusive hinos). Existe música que é própria para se tocar em festas, numa declaração de amor, numa manifestação social, para alegar o triste e existe musica que nunca, mas nunca mesmo, deveria ser tocada, cantada ou ouvida em lugar algum ou por pessoa alguma, muito menos crianças (posso citar dezenas também, se alguém quiser).
            Todas as pessoas podem e deveriam cantar louvores, afinal esse é o conselho do salmo 150,6: “todo ser que respira louve ao Senhor”. Veja bem: “todo ser”. E todas as pessoas fazem uso, ou quase todas, da música popular, afinal de contas, o que vem a ser o Parabéns Pra Você e a Marcha Nupcial?
            É aqui, antes de terminar, que quero me referir ao que afirmei lá no inicio do texto. Se alguém diz, “eu não escuto música secular”, entendo eu que não deva escutar nenhuma, mas nenhuma mesmo, por mais simples que seja, pois se fizer isso estará caindo em contradição. Se essa pessoa cantar Parabéns Pra Você ou tocar em seu casamento a Marcha Nupcial, estará afirmando o seguinte: “Não é certo ouvir ou tocar musicar secular, mas existem algumas exceções, e eu é quem sei quais são essas exceções, que são Parabéns Pra Você e Marcha Nupcial.” Assim, a questão aqui não se trata de algo ser certo ou errado, mas do ato de reservar para si o direito de dizer para todos o que pode e o que não pode. E nem nos atenhamos a outros tipos de arte, tipo Monalisa, Capela Sistina, Harry Potter, documentários, etc.
            Meu conselho é que essa briga tola e desagradável seja deixada para trás, pois não trás nenhum benefício para a anunciação do evangelho de Jesus Cristo. Quem gosta apenas de música sacra, escolha as boas, pois são muitas. Descarte as ruins e viva bem com você e com Deus, assumindo as responsabilidades do que pensa e faz. Quem gosta de música sacra e popular, escolhas as boas, pois são muitas. Descarte as ruins e viva bem com você e com Deus, assumindo as responsabilidades do que pensa e faz.
            Para terminar, deixo um texto de Paulo, que na verdade não fala de música e nem de comida, ainda que pareça, mas fala de julgar o outro: “Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou. Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está de pé ou cai. E ficará de pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar. Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus .Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Por esta razão Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos. Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Porque está escrito:  “‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’. Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão” (Romanos 14,3-13).
            E se alguém leu o texto a disse, “Esse pastor é dos meus”, ledo engano, não sou seu e não sou meu, sou de Cristo, como você também o é. Vivamos para a glória Dele.

Nenhum comentário:

Você pode usar os textos que se encontram nesse blog apenas observe o seguinte termo de Uso:

Ao disponibilizar gratuitamente no blog estes textos, tenho por objetivo auxiliar o povo de Deus na proclamação da Palavra.

Todas as informações e recursos aqui contidos podem ser usadas livremente por indivíduos, famílias, igrejas evangélicas e grupos de estudo bíblico, desde que rigorosamente observadas as seguintes condições aqui expressas:

1. É expressamente proibido tirar qualquer proveito financeiro ou de direito autoral a partir das informações e recursos aqui obtidos.

2. É expressamente proibido publicar por quaisquer meios quaisquer informações ou recursos aqui obtidos, na sua totalidade ou em partes, sem autorização contratual prévia por parte do pastor Marcelo Cianelli.

3. É necessário obter autorização do pastor Marcelo Cianelli para utilização das suas informações ou recursos em outros sites ou retransmissores de qualquer natureza, assim como criação de indexadores e referências a partir de outros sites.

4. O pastor Marcelo Cianelli não se responsabiliza por quaisquer danos ocorridos em decorrência do acesso ao site ou utilização dos serviços aqui disponibilizados.

5. A utilização dos textos e quaisquer outras informações ou recursos aqui disponibilizados é de inteira responsabilidade do usuário, cabendo a este ser diligente quanto à proteção das informações contidas em seus equipamentos através do uso de ferramentas anti-vírus, anti-invasores, firewall e outros recursos tecnológicos existentes com objetivo de prevenir, identificar e tratar os riscos à segurança potencialmente presentes durante a navegação na internet e download de informações pela rede.

6. Ao pastor Marcelo Cianelli é reservado o direito de alterar o conteúdo desse blog sem aviso prévio.