Comentários

Quando escrevo algo e publico, sei que me coloco na condição de possível formador de opinião, porém, e quero que isso fique bem claro, tenho plena consciência de que minha opinião é apenas mais uma num universo de bilhões.
Assim, se você puder deixar um comentário sobre os textos que estão postados aqui, será muito interessante.
Se conversarmos sobre nossos dogmas, paradigmas e outras "verdades", poderemos juntos aumentar nosso alcance de visão e passaremos a enxergar um pouco além da ponta de nossos narizes, ou não.

domingo, 8 de novembro de 2009

IGREJA, OLHE À SUA VOLTA

19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. (Mt 28,19-20)

            Hoje, vivemos em tempos de “fórmulas mágicas”, ou seja, queremos ações que façam com que tudo seja convertido de A em B num piscar de olhos. Tudo isso deve acontecer sem esforço algum. Se existir a necessidade de empreender algum esforço na realização, que seja feito pelo outro. Deu errado, a culpa é do outro.
Estendemos esse comportamento para todos os setores de nossa vida, casamento, família, profissão, estudos, etc. Com isso, é claro que a vida cristã não ficaria de fora. Vida essa que não é nada fácil, pois envolve fé, oração, amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, discipulado. Tudo isso, vai na contramão das “fórmulas mágicas”, pois exige paciência, determinação, vontade, perseverança.
Quero lhe pedir sinceras desculpas se, a informação que vou lhe passar agora, fizer com que fique abalado, “fórmulas mágicas” não existem, isso mesmo, vou repetir em alta voz, ‘FORMULAS MÁGICAS” NÃO EXISTEM. O que existe é trabalho. Sem trabalho não comemos, não mantemos nossos namoros santos, não mantemos nossos casamentos, não educamos nossos filhos, não ganhamos dinheiro, não falamos de Jesus, como Salvador, para as pessoas. Precisamos trabalhar.
Olhe à sua volta, e observe cada lugar vazio. Esses lugares, foi determinado por Deus, quando nos mandou ir e fazer discípulos, que devem ser preenchidos por pessoas que cada um de nós deve levar ao conhecimento de Cristo como Salvador. E quando os lugares estiverem preenchidos, abra mais espaço.
Essa responsabilidade não é do pastor(a), do presbítero(a), do diácono(a), do ministro de louvor, do superintendente da escola dominical. Essa responsabilidade é do crente. Se eu sou um crente e você é um crente, essa responsabilidade é de cada um de nós e não dos cargos que ocupamos ou deixamos de ocupar.
Muitas pessoas dizem: “se um dia eu for diácono vou isso e aquilo, se um dia em for do conselho vou fazer isso e aquilo, se um dia eu for de algum ministério vou fazer isso e aquilo”. Não espere os cargos chegarem, pois, pode ser que nunca venham. Simplesmente faça. Ore a Deus e peça tudo que for necessário para que você possa fazer.
Igreja, Olhe à sua volta...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Boa sorte minha querida amiga Rosane

 Muitos pensadores defendem que a vida é ciclica, ou seja, tudo se repete. Outros tantos, grupo que me incluo, afirmam que a vida é linear, ou seja, tem um começo, um meio e um fim.
Quando falo sobre isso, não estou pensando em grandes eventos da história, mas sim, nas pessoas. Pessoas que como eu e você são cheias de sonhos e desejos, uns possíveis de serem alcançados, outros mais pela diversão de deixar a mente viajar.
Sonhos possíveis, são os de esbarrar em nossa vida com pessoas do bem, com pessoas legais.
Se a vida fosse ciclica, as mesmas pessoas esbarrariam conosco várias vezes, mas como ele é linear, muitos caminho cruzados uma vez, não voltam a se esbarrar.
Por isso é bom aproveitar a companhia dos alegres, sorridentes, amorosos, enquanto se pode. Nunca deixe que o mau-humor lhe prive do prazer proprocionado pela boa companhia.
Pois, um dia os caminhos se distanciam e pode ser que nunca mais nos vejamos pessoalmente, mas certamente nos encontraremos na lembrança. 
Lembrança essa, que nos fará rir como loucos, na frente de pessoas que não têm a menor ideia do que está acontecendo. Tudo isso, por que algo nos lembrou você.
Hoje você se vai, nos veremos menos e, talvez, nunca mais. Mas, guardamos na memoria seu sorriso, sua alegria, sua felicidade. Que bom que você fez parte de nossas vidas.


Que Deus te abençoe e te guarde,
Que Deus tenha misericórdia de ti e te dê a felicidade sonhada. 

sábado, 19 de setembro de 2009

Deus no coração

Ouço muito a expressão: "Deus no coração". Se alguém sofre injustiça e não busca vingança, é porque tem Deus no coração. Se alguém é cobrado por alguma falta que cometeu, mas não quer adimiti-lá, sai com essa: "Eu tenho Deus no coração". Se alguém faz algo de bom para poucos ou para muitos, escutamos em coro: “Ele tem Deus no coração”.
Bem, a pergunta que faço é a seguinte: "será que todas essas pessoas tem realmente Deus no coração?". Por exemplo, um homem é casado com uma só mulher e é fiel a ela. Esse homem trata muito bem seus filhos e lhes oferece uma boa educação. Ele também paga todas as suas contas em dia, é bondoso com todas as pessoas que estão à sua volta. Ah! E todo domingo ele vai à igreja. Será que esse homem tem Deus no coração? Bem. Faltou uma informação, sem que nenhuma das pessoas que dizem que esse homem tem Deus no coração saibam, ele é um assassino profissional, ou seja, recebe dinheiro para matar. Pergunto novamente, esse homem tem Deus no coração?
Sim ou não? Como você sabe? Se de um lado ele faz algo de bom, do outro ele faz algo ruim. Será que quem tem Deus no coração  não faz nada de errado? Será que existe alguém capaz de praticar apenas o bem?
Você pode dizer: “Quem tem Deus no coração erra, mas, matar não mata”. Bem, João diz que alguém que odeie a seu irmão já é um assassino (1Jo 3,15).
A verdade é que ninguém faz só o bem ou só o mal, todos fazem os dois. Por isso não dá para saber se alguém tem Deus no coração somente pelo seu comportamento.
Quando nos baseamos nos feitos de alguém para termos certeza disso, estamos afirmando que essa pessoa tem condições de fazer com Deus habite nele por meio do merecimento, ou seja, o homem seria capaz de conquistar para si a salvação.
Pergunto:
1 - Se tantas pessoas têm Deus no coração, por que o mundo está do jeito que está?;
2 - Se tantas pessoas têm Deus no coração, por que a família está à beira da ruína?;
3 - Se tantas pessoas têm Deus no coração, por que não receberam Jesus como seu único e suficiente Salvador?
Para ter Deus no coração é preciso ter Jesus como salvador, pois, ninguém tem acesso a Deus se não for por meio de Cristo, muito menos é morada do altíssimo sem a mediação de Jesus.
Você pode até dizer: "Ah! Mas ele é bom." Isso o próprio Cristo já respondeu quando disse que, "Somente Deus é bom" (Mt 19,17).
Não quero condenar, julgar, polemizar ou irritar a ninguém. Mas, o que penso é que, muitos dos que dizemos, ou auto-proclamam, ter Deus no coração, na realidade não têm, só não sabem disso.
Pois, como pode qualquer pessoa que tenha Deus no coração, dizer que Ele não existe; dizer que Cristo não é o seu salvador. Ou, alguém vai tentar me convencer de que há alguém que seja salvo e não sabe?
O que  faz Deus habitar em nosso coração não é o que fazemos, mas sim, no que cremos (Ef 2,8), no caso, em Cristo. Por outro lado o que nos afasta de Deus são os nossos pecados (Is 59,2), ou seja, nosso comportamento serve para nos afastar de Deus e nossa fé serve para nos aproximar do Senhor.
Assim, o nosso comportamento não serve para fazer Deus habitar em nós, somente a nossa fé. E também sabemos que a fé tem seus desdobramentos, inclusive a prática do bem.
E o bem que as pessoas fazem? Ora, até mesmo nós que somos maus, podemos fazer o bem (Mt 7,11). Mas fazer Deus habitar em nossos corações, isso só Cristo pode fazer (ITm 2,5).
Não vou entrar aqui no mérito da necessidade e da obrigação de fazermos o bem, pois isso é inegável. Nem quero defender que quem tem fé não precisa se preocupar com o seu comportamento.
O que quero analisar é a afirmação, Deus no coração. Se desejarmos que Deus habite no coração de muitos, devemos dizer a todas pessoas que apesar das coisas boas que fazem, elas continuam sendo pecadoras. Mas que, mesmo sendo pecadoras, Deus quer habitar em seus corações, por meio da salvação oferecida em Cristo.

Obs: o quantidade imensa da expressão “Deus no coração” é proposital.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Tenha bom ânimo

Texto: João 16,17-33

33 “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”.

Introdução
Nesse último versículo Jesus nos dá uma triste e cortante informação, a de que, querendo ou não, passaremos por problemas, “Neste mundo vocês terão aflições”.
Se Jesus fosse como os apresentadores de programas de televisão que exploram a violência, terminaria a frase por “ai mesmo”.
Alias, não só os apresentadores de TV exploram a desgraça. De um modo geral somos assim. Faça um teste: conte para quantas pessoas você contou coisas boas e para quantas contou coisas ruins.
Ex.:
· fulano conseguiu um emprego, sicrano melhorou de saúde, os filhos de beltrano são ótimos filhos, o casal tal tem um ótimo relacionamento.
· Fulano perdeu o emprego, sicrano vai de mal a pior na saúde, os filhos de beltrano são um horror, o casal tal está em pé de guerra.
Veja essa constatação: quando somos bem tratados falamos sobre isso para em média 3 pessoas. Quando somos maltratados falamos em média para 9 pessoas. Isso quer dizer que quando falamos bem de algo ou alguém, isso fica restrito, na maioria das vezes, ao ambiente familiar (3 pessoas) e quando falamos mal de algo ou alguém, além de nossa casa (3 pessoas) estendemos o assunto para fora dela (+ 6 pessoas). Isso mostra que de modo geral somos inclinados para a tragédia.
Cristo não é assim, ele venceu a tragédia e nos oferece sua vitória em forma de paz. Vejamos:

1ª. Parte: Neste mundo vocês terão aflições
Mesmo sendo inclinados para a tragédia na realidade nós não queremos sofre-lás, assim, muitas vezes buscamos fórmulas “mágicas” que nos livrem das dificuldades.
O problema é que quando fazemos isso estamos tentando desqualificar uma informação que nos fora transmitida por Deus, portanto, verdadeira, para acreditar, e muitos acreditam, em uma fórmula que não dará certo. Devemos ser realistas e aceitar que tivemos, temos e teremos aflições (problemas de toda espécie).
Bem, isso seria trágico, e você poderia dizer: “mas, Cristo não está dando ênfase à tragédia também?”. A resposta é: não. Ele está dando ênfase à esperança e não ao desespero. Isso porque ele transmite não apenas uma informação verdadeira, mas três informações verdadeiras.
A primeira já vimos. A segunda é:

2ª. Parte: contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo
A segunda informação é que as aflições não são invencíveis.
Aceitar que passamos por aflições não deve ser o mesmo que aceitar a aflição, ou seja, não devemos dizer: “já que passarei por aflições, querendo ou não, devo aceitar o sofrimento sem lutar”.
Veja um exemplo: você assiste ao jornal e recebe as seguintes informações:
1. Estamos passando por uma pandemia (mal que ataca vários países ao mesmo tempo) de gripe suína;
2. Os hospitais não estão preparados para atender a todos os doentes;
3. Não existe vacina suficiente para toda a população;
4. As autoridades médicas têm opiniões divergentes sobre o assunto;
5. Em dois meses o vírus voltará numa segunda fase, e mais forte.
A qual conclusão devemos chegar com esse tipo de informação?
Resposta: vou morrer a não há saída.
Isso porque recebemos informações de que todo o tipo de mal que nos aflige (violência, doenças, guerras, intrigas, etc) é o muito forte, e que lutar contra é inútil.
Pois bem, não devemos aceitar a aflição como algo invencível, pois ela pode ser vencida. Como ela pode ser vencida? Vencendo a fonte da aflição. O mundo é a fonte da aflição e ele foi vencido por Cristo. Quando o Senhor venceu o mundo, ele derrotou também suas artimanhas.
Nós não podemos vencer o mundo, mas Cristo pode e já o fez. Por isso podemos ter esperança (bom ânimo), pois Jesus não é egoísta, ele permite que sejamos participantes dessa vitória.
O que prova isso é a terceira informação:

3ª. Parte: Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz
O objetivo de Cristo como já vimos não é o der ser o anunciador da derrota, como muitos o são, mas sim, o anunciador da vitória conquistada por ele e que pode ser estendida a nós.
Cristo mostra o problema, mas também mostra a resolução do problema, que nada mais é, de que nEle temos paz.
Andar à própria sorte, como muitas pessoas fazem, faz com que aumentemos as estatísticas do desespero. Com isso buscamos fórmulas mágicas e nos tornamos duplamente desesperados quando as fórmulas não dão certo.
Por outro lado, quando aceitamos que existe um problema, mas que ele já foi vencido por Cristo, portanto não é indestrutível, encontramos no Senhor a paz necessária para aguardar a vitória que nos é oferecida por Jesus.

Conclusão
Vamos relembrar:
· As aflições são certas e por isso devemos aceitar que passaremos por elas? Sim
· As aflições são invencíveis? Não
· As aflições devem ser aceitas como super-poderosas? Não
· É possível ter esperança (bom ânimo)? Sim
· É possível alcançar a paz? Em Cristo, e somente nEle, sim.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Deus ama a unidade

Quando lemos a Bíblia com atenção percebemos claramente que Deus valoriza a unidade (Qualidade do que é um, ou único, ou uniforme, aquilo que não pode ser dividido). Em Gn 2,24 Deus ordena que homem e mulher formem uma só carne, ou seja, quando se casa o casal deve formar uma unidade. Deus pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, ainda que sejam três pessoas distintas, são da mesma essência, dessa forma não dizemos que existem três deuses, mas um só Deus. A totalidade dos salvos em Cristo forma a Igreja e essa é chamada de corpo de Cristo (1Co 12,27). Não somos bilhões de “igrejinhas”, mas sim uma só Igreja de Cristo.
Quando lemos a sociedade em que vivemos percebemos, também claramente, que ela valoriza o individualismo (Doutrina ou atitude que considera o indivíduo como a realidade mais essencial ou como o valor mais elevado). Vivemos em tempos de: “faça você mesmo”, “como alcançar o sucesso para si”, pasmem, vivemos em tempos de, por incrível que pareça, “auto-ajuda”. Em nossos tempos seus problemas devem ser problemas somente para você, os outros não têm nenhum compromisso na luta pela busca da solução.
Bem, essa sociedade individualista, por si só, já seria suficiente para entristecer. Infelizmente, porém, temos que juntar a essa tristeza, a de perceber que esse comportamento pecaminoso conseguiu invadir as Igrejas. São confissões de fé diferentes que brigam entre si; são milhares de denominações diferentes, lutando para ver qual á melhor; são igrejas locais que fingem que suas irmãs não estão logo ali do lado; são pastores que não se falam; são membros que falam mal uns dos outros.
Paulo diante disso falaria: “miserável homem que sou” (Rm 7,24). Triste, muito triste, aliás, arrasadoramente triste essa conclusão.
Como povo de Deus, precisamos clamar a nosso Senhor que nos ajude a restaurar os alicerces da Unidade. Precisamos retornar e mudar a trajetória de nossa vida, tomando o sentido que Cristo desejou e deseja, a unidade, “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo 17,21). Pois, se não fizermos isso, fatalmente dentro de pouco tempo não seremos mais reconhecidos como povo, mas apenas como indivíduos.
A salvação é individual, porém ela tem o poder de nos fazer parte do corpo de Cristo. Se lutarmos contra o corpo lutamos contra nós mesmos e mostramos que não gostamos de fazer parte desse corpo. Se não faço parte dele, logo não sou de Cristo, pois Deus só reconhece como sendo dele aqueles que são parte do corpo de Cristo.
Oração
Senhor faço minhas as palavras de Paulo: “Miserável homem que sou, pois o bem que quero fazer não faço, mas o mau que não quero fazer, esse sim dedico esforço em fazê-lo”. Deus, em nome do Senhor Jesus, clamo a ti que me ensine e ajude a viver em unidade e em conformidade com sua Palavra a vida que tenho que viver com meus irmãos, amém.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Fé, um exercício de ação e de espera no Senhor

Texto: Mc 5,21-43
21 Tendo Jesus voltado de barco para a outra margem, uma grande multidão se reuniu ao seu redor, enquanto ele estava à beira do mar. 22 Então chegou ali um dos dirigentes da sinagoga, chamado Jairo. Vendo Jesus, prostrou-se aos seus pés 23 e lhe implorou insistentemente: “Minha filhinha está morrendo! Vem, por favor, e impõe as mãos sobre ela, para que seja curada e que viva”. 24 Jesus foi com ele. Uma grande multidão o seguia e o comprimia. 25 E estava ali certa mulher que havia doze anos vinha sofrendo de hemorragia. 26 Ela padecera muito sob o cuidado de vários médicos e gastara tudo o que tinha, mas, em vez de melhorar, piorava. 27 Quando ouviu falar de Jesus, chegou por trás dele, no meio da multidão, e tocou em seu manto, 28 porque pensava: “Se eu tão-somente tocar em seu manto, ficarei curada”. 29 Imediatamente cessou sua hemorragia e ela sentiu em seu corpo que estava livre do seu sofrimento.30 No mesmo instante, Jesus percebeu que dele havia saído poder, virou-se para a multidão e perguntou: “Quem tocou em meu manto?” 31 Responderam os seus discípulos: “Vês a multidão aglomerada ao teu redor e ainda perguntas: ‘Quem tocou em mim?’ ” 32 Mas Jesus continuou olhando ao seu redor para ver quem tinha feito aquilo. 33 Então a mulher, sabendo o que lhe tinha acontecido, aproximou-se, prostrou-se aos seus pés e, tremendo de medo, contou-lhe toda a verdade. 34 Então ele lhe disse: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz e fique livre do seu sofrimento”. 35 Enquanto Jesus ainda estava falando, chegaram algumas pessoas da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga. “Sua filha morreu”, disseram eles. “Não precisa mais incomodar o mestre!” 36 Não fazendo caso do que eles disseram, Jesus disse ao dirigente da sinagoga: “Não tenha medo; tão-somente creia”. 37 E não deixou ninguém segui-lo, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Quando chegaram à casa do dirigente da sinagoga, Jesus viu um alvoroço, com gente chorando e se lamentando em alta voz. 39 Então entrou e lhes disse: “Por que todo este alvoroço e lamento? A criança não está morta, mas dorme”. 40 Mas todos começaram a rir de Jesus. Ele, porém, ordenou que eles saíssem, tomou consigo o pai e a mãe da criança e os discípulos que estavam com ele, e entrou onde se encontrava a criança. 41 Tomou-a pela mão e lhe disse: “Talita cumi!”, que significa “menina, eu lhe ordeno, levante-se!”. 42 Imediatamente a menina, que tinha doze anos de idade, levantou-se e começou a andar. Isso os deixou atônitos. 43 Ele deu ordens expressas para que não dissessem nada a ninguém e mandou que dessem a ela alguma coisa para comer.
1ª parte: A fé vai além dos costumes religiosos
  • Muitas pessoas seguem suas vidas baseadas em ensinamentos religiosos, que muitas vezes estão baseados em costumes e tradições antigas. O problema é que muitos desses costumes e dessas tradições não nascem de uma profunda, verdadeira e iluminada analise bíblica, mas sim de uma superficial, falsa e carnal leitura da bíblia.
  • Diante disso vemos e ouvimos pessoas falarem e praticarem grandes absurdos sob o argumento de que aquilo esta na “palavra de Deus”.
  • Para provar que a fé vai além dos costumes religiosos o texto que lemos nos dois ótimos exemplos: 1º um chefe da sinagoga que se prostra diante de Jesus e lhe chama de mestre; 2º uma mulher que era considera impura, e que por isso não podia tocar em nenhum homem, que passa pelo meio da multidão e finalmente toca em Jesus.
  • Se os dois tivessem obedecido aos costumes o que teria acontecido seria o seguinte: 1º a filha de Jairo não voltaria a viver; 2º a mulher continuaria enferma até que aquilo a levasse a morte.
  • Ou seja, deixar simples costumes religiosos serem mais importantes que a fé pode levar à morte, ou na melhor das hipóteses, à não recepção da bênção de Deus.
2ª parte: Quando a fé nos leva a agir
  • Pelo que podemos perceber no texto a piora da enfermidade não foi motivo para que a mulher desistisse de buscar a cura, pelo contrario o texto diz que ela gastou tudo o que tinha tentando se livrar do sofrimento. O texto não diz se ela buscou alguma formula religiosa. Ao que tudo indica ela buscou elementos humanos, os médicos. Porém, nada do que ela fez surtiu o efeito desejado.
  • Muitas vezes quando tentamos resolver algo em nossas vidas nos vemos diante do mesmo processo, tudo o que tentamos, além de não trazer a solução do problema agrava ainda mais a situação.
  • A atitude da mulher diante daquela situação pode no ensinar algo: “não vou desistir, vou lutar até encontrar a minha bênção”.
  • Às vezes Deus estabelece para nós um tempo e um caminho a serem percorridos antes que a bênção solicitada alcance nossas vidas. Isso quer dizer que às vezes Deus prova a nossa fé, medindo a força que colocamos na luta.
  • Às vezes a fé deve nos levar a agir. Às vezes precisamos nos lançar no incerto, certos de que o impossível acontecerá.
3ª parte: Quando a fé nos leva a esperar
  • Como acabamos de ver algumas vezes temos de dizer: “eu vou fazer pela fé”. Por outro lado o texto também nos ensina que outras vezes temos de dizer: “não vou fazer nada, vou somente esperar”.
  • Jairo foi chamado por Cristo naquele dia para realizar esse exercício de fé, a espera. Talvez para nós que vivemos em tempos de “faça você mesmo” esse exercício da fé seja mais difícil que o outro apresentado.
  • Jairo se viu diante do inesperado. Ele foi até o Senhor, ele se humilhou, ele clamou por socorro, ele recebeu de Jesus uma resposta positiva. Agora no meio daquela euforia de ver a morte ser vencida Jesus para no meio do caminho.
  • Às vezes conosco não é diferente. Oramos, nos humilhamos, clamamos ao Senhor, e tudo começa a andar. Ficamos felizes, pois já estamos vendo a linha de chegada, e de repente tudo para.
  • E para piorar às vezes vem um aviso apavorante: “sua parada fez tudo ruir”. 35 Enquanto Jesus ainda estava falando, chegaram algumas pessoas da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga. “Sua filha morreu”, disseram eles. “Não precisa mais incomodar o mestre!”
  • Tudo acabado. Mas, será que realmente está tudo acabado? Quem disse a Jairo que tudo estava acabado foram seus conhecidos. Jesus nem prestou atenção ao que eles estavam dizendo. Sabe por quê? Porque não estava tudo acabado, pois algo somente termina quando Deus diz que termina e não quando o homem diz.
  • Agora Jairo teria que esperar. Essa espera deveria ser sem medo e com fé.
  • Da mesma maneira que algumas vezes nossa fé passa pela prova da luta, outras vezes passa pela prova da espera, sem medo e perseverante.
Conclusão
  • Algumas coisas comuns aos dois:
    1. Buscaram com fé o favor de Jesus;
    2. Agiram de acordo com o que Deus colocou em seus corações, uma agiu e o outro esperou.
A atitude muda, agir ou esperar, mas a fé é a mesma. A fé de que Cristo é poderoso para realizar o impossível. A fé de que Cristo consegue ignorar empurrões e falas pessimistas para prestar atenção em nossa vida como povo e como pessoa. A fé de que Cristo não olha para nós como um conglomerado de pessoas, mas sim como aqueles que a Ele foram dados pela Pai e que por isso não devemos nos perder.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Vamos ser usados por Deus?

17  Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. (Mt 14,17)

          A Bíblia nos fala do dia em que Jesus alimentou milhares de pessoas a partir de cinco pães e dois peixes.
          Já era final do dia quando os discípulos disseram a Jesus que as pessoas deveriam ser despedidas para que desse tempo de se alimentarem. O Senhor disse aos discípulos que eles mesmos deveriam dar solução para aquela necessidade.
         A resposta que Jesus recebeu foi que a única comida disponível eram cinco pães e dois peixes pertencentes a um jovem da multidão. A partir da informação da existência desse alimento Jesus realiza um grande milagre, multiplicando o que se tinha de forma que o resultado foi que todas as pessoas se fartaram de pão e peixe e ainda sobrou comida para encher doze cestos.
         Algumas considerações;
  • Jesus para suprir as necessidades do povo realizou um milagre;
  • Para oferecer alimento ä multidão Jesus poderia até mesmo transformar pedras em pães, mas escolheu multiplicar algo que alguém lhe ofertou;
  • Cinco pães e dois peixes era pouco para milhares de pessoas, por outro lado era tudo que o jovem possuía.
         Algumas conclusões:
  • Algumas pessoas podem acreditar que o quem tem para oferecer a Deus é pouco, porém quando esse “pouco” é o seu melhor Deus multiplica as capacidades;
  • Deus usa pessoas humildes e desconhecidas de muitos;
  • Se o que temos pode ser usado por Jesus para abençoar a vida de outras pessoas, inclusive a nossa, por que não entregar a Jesus?
         Devemos usar nossos talentos a serviço de Deus, pois o que temos para oferecer não é pouco e também não é muito, é sim o suficiente para que Deus nos use para ser benção na vida de milhares de pessoas.
Vamos ser usados por Deus?
Pr. Marcelo Cianelli

domingo, 10 de maio de 2009

Cansados e Sobrecarregados


Texto: Mateus 11,25-30
25 Naquela ocasião Jesus disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos.26 Sim, Pai, pois assim foi do teu agrado.27 “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece o Filho a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho o quiser revelar.28 “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.29 Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
 Introdução
 Para que possamos experimentar o descanso é preciso antes conhecer o cansaço. Só conseguiremos realmente desfrutar do prazer que o descanso oferece quando o esgotamento prevalecer sobre nós.
Existem vários tipos de descanso, bem como existem vários tipos de cansaços. Por exemplo, existe o cansaço de brincar com os filhos o dia todo e à noite experimentar o descanso de uma boa noite de sono.
Existe também o cansaço de tentar dialogar com alguém o dia todo, só conseguindo chegar a brigas e discussões, experimentando uma noite mal dormida, remoendo todas as ofensas ditas e ouvidas.
Assim, existem cansaços que provocam prazer e outros que provocam tristezas. Com os cansaços que provocam prazer a energia rapidamente é renovada. Com os cansaços que provocam tristezas a energia demora a ser renovada, e tantas vezes sequer é renovada.
Gostaríamos que nossa vida fosse recheada com muito mais prazer do que tristeza, e muitas vidas são realmente assim. Porém, nem sempre está ao nosso alcance escolher, pois o desfecho de nossos eventos diários dependem de uma série de fatores que não estão sob nosso controle.
Por isso tudo ficamos cansados e sobrecarregados:
Cansados e Sobrecarregados
Cansaço: Falta de forças
Sobrecarregado: Aquele que sofre muitas pressões
 Características
  • Fadiga mental e física;
  • Dores de cabeça;
  • Problemas de estomago e mal-estar;
  • Perda de rendimento no trabalho;
  • Irritação;
  • Falta de concentração;
  • Baixa auto-estima;
  • Perda da personalidade;
  • Falta de perspectivas em relação ao futuro;
  • Abuso de álcool;
  • Drogas;
  • Impaciência com os outros.
 Comportamento
  • Não procurar ajuda e tentar resolver sozinho;
  • Esperar que o problema se resolva sozinho. Apatia;
  • Procurar ajuda quando está quase tudo perdido;
  • Esperar que outros pessoas resolvam o problema;
 Vinde a mim, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.
Pressões não são um problema quando você tem forças para enfrenta-las;
  • Você só consegue renovar suas forças descansando;
  • Algumas características do descanso: Apoio, proteção, alívio, consolo;
  • Muitas pessoas ficam decepcionadas achando que Cristo deveria oferecer a elas  uma vida sem dificuldades.
  • O que Jesus está oferecendo é a renovação de suas forças, não a extinção de seus problemas.
Conclusão
 Se cansar não é pecado. Muitas pessoas sentem-se cansadas.
 São muitos tipos de cansaços. Você pode até mesmo estar cansado de ficar resolvendo o problemas de outras pessoas, ou seja, pode estar cansado de ser o solução dos outros.
 Ouça as palavras de Davi:
"Já estou cansado do meu gemido, toda a noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito com as minhas lágrimas,"  (Salmos 6,6)
Sabedor disso, Cristo nos oferece alívio necessário para suportar o cansaço. Ele não nos livra de lutar, pois lutas são necessárias para que nos tornemos vencedores. Por outro lado, Ele nos da força e alivio necessários para que não nos tornemos fracos e perdedores.
Pr. Marcelo Cianelli (Mensagem pregado na 11ª IPI de Sorocaba em 03/05/09)

sábado, 18 de abril de 2009

Poder para Transformar

Poder para transformar

Acredito que a grande maioria das pessoas gostaria de possuir poder para transformar outras pessoas. Por exemplo, uma esposa que gostaria de transformar seu marido em um homem gentil e amoroso; um pai que gostaria de transformar seu filho em um gênio nos estudos; um funcionário que gostaria de transformar seu chefe em uma pessoa educada e compreensiva, etc.
            Esses são desejos nobres. Por outro lado, existem aqueles que não são tão nobres assim. São pessoas gostariam de transformar o outro em algo que elas consideram perfeito e que está baseado em seu próprio comportamento, porque acreditam que se não são perfeitas estão bem perto disso.
            É certo que bem ou mal, diga-se de passagem, bem mau, podemos realizar algum tipo de transformação uns nos outros. Mas a verdade é que nosso poder para transformar é muito limitado. Por que está baseado em lavagem cerebral, pressão psicológica, nosso comportamento, ou apenas em obrigar o outro a fazer o que se quer.
Porém tudo isso depende da disposição do outro para aceitar tal influência.
O real poder para transformar está nas mãos de Deus, pois ele é o único que pode realizar algo perfeito de acordo com a Sua vontade. Deus realiza transformação plena, ou seja, ele faz uma pessoa ter um comportamento completamente novo.
Quando Deus age a Bíblia ensina que a transformação é completa, “As coisas velhas ficam para trás” (II Co 5,17), é “Novo nascimento” (Jo 3), “Já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim” (Gl 2,20).
Se você quer que alguém seja transformado e isso inclui você também, deixe suas forças de lado e peça a Deus que realize esse milagre, pois transformar um “vaso velho e imperfeito” em um “vaso de honra” é trabalho para Deus.

Pr. Marcelo Cianelli

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Cristão e a Páscoa

O cristão e a Páscoa

     A Bíblia nos ensina que o pecado faz separação entre o homem e Deus (Is 59,2). A Bíblia também nos ensina que, sem exceção, todas as pessoas são pecadoras (Rm 3,23).
     Dessa maneira, a conclusão é lógica. Se o pecado separa as pessoas de Deus e se todos pecaram, logo todos estão separados de Deus (Rm 3,23).
     Mas a Bíblia nos ensina também que Deus é amor (1 Jo 4,8). Isso não significa dizer que Ele simplesmente ignora nosso pecado e nos aceita em sua presença. Amar não é simplesmente fazer de conta que a pessoa amada não errou. Amar é fazer o que for preciso para que o amado supere seu erro.
     Porque Deus é amor, e por nos amar de uma forma impossível de entendermos plenamente, o Senhor enviou seu filho Jesus, para pagar o preço do nosso pecado, que é a morte (Ez 18,20; Rm 6,23), com Sua própria morte. E Cristo, também por amor a obediência aceitou realizar essa grandiosa salvação.
     Mas, a mor de Deus foi além de enviar seu filho para pagar o preço do pecado humano.
Com a morte e ressurreição de Cristo, Deus nos livra da condenação e nos dá vida eterna na glória.
     Tudo isso por amor.
     E justamente porque Deus ama a seu Filho Unigênito, e também nos ama, Ele não aceita que nenhuma pessoa entre em sua presença de outra maneira que não seja tendo Jesus Cristo como mediador dessa relação (1 Tm 2,5).
     Aliás, alguém pode se perguntar: “O titulo do texto não fala sobre páscoa”. Sim, o título do texto fala sobre páscoa, assim como todo o texto. Pois, por mais absurda que essa informação pareça para muitas pessoas, o cristianismo não comemora a páscoa por causa de  coelhos e ovos de chocolate. O cristianismo comemora a páscoa porque Jesus morreu na cruz e não permaneceu morto por muito tempo, pois ao terceiro dia Ele ressuscitou.
Pr. Marcelo Cianelli

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Fuja da pobreza espiritual e tenha vida em abundância

Texto: Gálatas 5,16-17
16 Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.
17 Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.
18 Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da Lei.
19 Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem;
20 idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções
21 e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.
22 Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
23 mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.
24 Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. 25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.
26 Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.
Introdução
Pobreza é a falta do necessário à vida. Assim, as pessoas que vivem na pobreza são aquelas a quem falta o mínimo exigido para que tenham uma vida razoável.
Espiritualmente falando podemos dizer que existem pessoas que vivem em pobreza espiritual, ou seja, levam uma vida caracterizada pela falta do necessário para uma vida razoável de comunhão com Deus.
Veja que essas pessoas siquer levam uma vida razoável de comunhão com Deus. E a Bíblia nos ensina que Cristo nos oferece vida em abundância (grande quantidade). Dessa maneira, imagine a distância existente entre uma vida de pobreza espiritual e uma vida em abundância.
            Vamos analisar nesse estudo a vida de pobreza espiritual e como chegar a uma vida em abundância: 
Características da pobreza espiritual:
 Falta de salvação;
Falta de adoração;
Falta de oração;
Falta de conhecimento da Palavra;
Falta de serviço.
 Conseqüências:
 Fé instável;
Esperança falha;
Desanimo;
Falta de compromisso com Deus;
Vontade própria prevalecendo sobre as verdades Bíblicas;
 Resultado:
 O Resultado da pobreza espiritual é a pobreza de espírito. Característica das pessoas que levam uma vida carnal, ou seja, dão mais valor às coisas da terra do que às coisas de Deus.
 Veja suas características no versículos 19-21:
 imoralidade sexual,
impureza
libertinagem;
idolatria
feitiçaria;
ódio,
discórdia,
ciúmes,
ira,
egoísmo,
dissensões,
facções
inveja;
embriaguez,
orgias
e coisas semelhantes.
Solução:
16 Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.
 Abrir sua vida para que Deus verdadeiramente faça parte dela, pois ele por meio de Cristo “esta à porta e bate”;
Buscar o fruto de Espírito que é:
amor,
alegria,
paz,
paciência,
amabilidade,
bondade,
fidelidade,
mansidão
e domínio próprio.
Contra essas coisas não há lei.
 Conclusão
A Bíblia nos mostra que uma vida de pobreza espiritual é tem como resultado as obras da carne. Por outro lado, mostra também que uma vida em abundância tem como resultado o fruto do Espírito.
Por isso:
 Primeiro: não devemos ser pobres espirituais;
Segundo: não devemos nos contentar em ter uma vida de comunhão com Deus apenas razoável;
Terceiro: não devemos nos contentar com menos do que uma vida em abundância, pois Cristo a conquistou para nós na cruz do calvário.
 Pr. Marcelo Cianelli (sermão pregado na 11ª IPI de Sorocaba em 29/03/09)

terça-feira, 10 de março de 2009

Apenas uma coisa é necessária, protra-se aos pés de Jesus

Texto: Lucas 10,38-42

38 Caminhando Jesus e os seus discípulos, chegaram a um povoado, onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa.
39 Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra.
40 Marta, porém, estava ocupada com muito serviço. E, aproximando-se dele, perguntou: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude!”
41 Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas;
42 todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.

Introdução:
“Certa menina de cinco anos de idade debruçava todos os dias na janela de sua casa e olhava para a rua tentando avistar seu pai, na volta do trabalho. Quando o avistava, dava um grito:
— Mamãe, o papai está chegando, vou encontrá-lo.
Era aquela festa de abraços, beijos e conversas sobre as novidades do dia. Até que certa vez o pai notou que a menina não o esperava na janela. No segundo dia aconteceu o mesmo. No terceiro... e assim foi.
"O que está acontecendo com a minha filha", preocupava-se o pai, enquanto a menina estava atarefada com outras ativi­dades. Passado determinado tempo, ela o chamou e mostrou-lhe um trabalho feito especialmente para ele, com recortes, fra­ses e desenhos coloridos.
— É um presente para você papai.
— Olha filhinha, o papai gostou muito do presente, e está feliz. Porém estou mais feliz ainda porque você terminou este trabalho e agora poderá novamente encontrar o papai todas as tardes.”
[1]

1ª parte: Proximidade com Deus ou preocupação e ansiedade?39 Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra. 40 Marta, porém, estava ocupada com muito serviço.

O texto nos mostra duas irmãs com comportamentos diferentes. Uma resolve fazer apenas uma coisa, ficar sentada ouvindo a Jesus, dando atenção total ao Senhor. A outra resolve que além de ouvir a Jesus faria muitas outras tarefas, dividindo a atenção entre as tarefas e o Senhor.
Ainda que normalmente julguemos o comportamento das duas, o texto não diz se em outros dias Maria trabalhava e Marta descansava, ou se Marta era quem sempre trabalhava enquanto Maria não fazia nada.
O questionamento do texto é: “o que você faz, lhe traz proximidade com Deus, ou lhe traz preocupação e ansiedade?”.
Maria consegue focar sua atenção em Jesus;
Maria, apesar de Jesus estar em sua casa, não consegue deixar de lado a preocupação.
Você consegue focar sua atenção somente em Deus, ou as preocupações te impedem de ter uma intimidade mais estreita com o Senhor?


2ª parte: Quando o muito resulta em pouco.
41 Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas;

Marta estava empenhada em atender a Cristo e os que vinham com Ele. O problema é que isso a estava deixando tão preocupada e anciosa que a falta de colaboração de sua irmã lhe tirou a paciência.
Marta não conseguiu aproveitar os privilégios da proximidade de Cristo.
Muitas vezes quando ficamos anciosos dexamos a oração de lado acreditando que se fizermos muitas coisas rápido e ao mesmo tempo resolveremos tudo de maneira mais rápida e eficaz. Isso é um grande engano, pois fazer muitas coisas ao mesmo tempo e sem oração, resulta em muitos erros.
As muitas atividades são uma armadilha para nós quando nos impede servir a Deus e obter o bom para nossas almas. O excesso de atividades, até mesmo dentro da Igreja, podem muitas vezes resultar em poucas bênçãos.
Você pode dizer: “eu consigo fazer, com eficácia, muitas coisas ao mesmo tempo”. A verdade é que se essas muitas tarefas lhe trouxerem ansiedade, preocupação, e falta de proximidade com Deus, não estão trazendo bênçãos para sua vida.
De que me adianta fazer muito, se esse muito resulta em pouca intidade com Jesus.

3ª parte: Quando o pouco resulta em muito.
41 Respondeu o Senhor: “Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas;
42 todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”.

Maria escolheu se sentar aos pés de Cristo, isso significa disposição para receber sua Palavra, e submissão a sua direção.
Será que Maria não tinha nada para fazer? Bem, segundo Marta, Maria tinha o que fazer. Porém Maria conseguiu indentificar que aquele momento não era o melhor para fazer muitas coisas, mas sim apenas uma, ficar próxima de Jesus.
Eu tenho muitas tarefas para realizar na minha vida diária. Você tem muitas tarefas para realizar no seu dia-a-dia. Isso é fato na vida da maioria das pessoas. Porém, é preciso que aprender a equilibrar o nosso tempo, para que possamos realizar todas a tarefas da melhor maneira possível. Certamente que fazer tudo ao mesmo tempo, como já vimos, não é a melhor escolha.
Dentre as nossas muitas atividades diárias, está a comunhão com Deus, e principalmente essa, deve ser realizada com muito zelo.
O favor de Deus é necessário para nossa felicidade. Quando atentamos para isto, todas as outras coisas assumirão seu correto lugar.
Porque uma coisa é necessária, e esta coisa fez ela, render-se à direção de Cristo.
Maria fez apenas uma coisa, porém essa reultou em muita intimidade com Jesus.

Conclusão

Intimidade com Deus. Você tem isso?
Você consegue lançar fora todas as suas preocupações, para ficar somente adorando a Deus? Ou você acha que isso é até mesmo um absurdo.
Existem muitas pessoas que tem muita dificuldade em compreender esse texto, pois acham muito estranho o fato de Jesus, permitir que Maria ficasse aos seus pés enquanto muitas tarefas tinham que ser realizadas.
Muitas pessoas agem no mesmo espírito de Marta, dizendo: “se eu não tomar conta, tudo está perdido”.
Outras pessoas agem no espírito de Maria, dizendo: “eu preciso ter mais proximidade com Deus”.
Em Mt 6,27 a Bíblia nos diz: “27 Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?”, ou então, “E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?".
Porque apenas uma é necessária, e esta coisa fez ela, render-se à direção de Cristo. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.
Preocupação e ansiedade não resolvem nossos problemas. O que resolve os nossos problemas é a proximidade que temos com Cristo.
[1] MESQUITA, Antônio, Ilustrações para Enriquecer suas Mensagens. CPAD.

Pr. Marcelo Cianelli (Sermão pregado no culto de adoração da 11a. de Sorocaba em 08.03.09)

sábado, 7 de março de 2009

Deus Cuidará de ti.

Texto: Josué 3,1-17
 1 De manhã bem cedo Josué e todos os israelitas partiram de Sitim e foram para o Jordão, onde acamparam antes de atravessar o rio. 2 Três dias depois, os oficiais percorreram o acampamento, 3 e deram esta ordem ao povo: “Quando virem a arca da aliança do SENHOR, o seu Deus, e os sacerdotes levitas carregando a arca, saiam das suas posições e sigam-na. 4 Mas mantenham a distância de cerca de novecentos metros entre vocês e a arca; não se aproximem! Desse modo saberão que caminho seguir, pois vocês nunca passaram por lá”. 5 Josué ordenou ao povo: “Santifiquem-se, pois amanhã o SENHOR fará maravilhas entre vocês”. 6 E disse aos sacerdotes: “Levantem a arca da aliança e passem à frente do povo”. Eles a levantaram e foram na frente. 7 E o SENHOR disse a Josué: “Hoje começarei a exaltá-lo à vista de todo o Israel, para que saibam que estarei com você como estive com Moisés. 8Portanto, você é quem dará a seguinte ordem aos sacerdotes que carregam a arca da aliança: Quando chegarem às margens das águas do Jordão, parem junto ao rio”. 9 Então Josué disse aos israelitas: “Venham ouvir as palavras do SENHOR, o seu Deus. 10 Assim saberão que o Deus vivo está no meio de vocês e que certamente expulsará de diante de vocês os cananeus, os hititas, os heveus, os ferezeus, os girgaseus, os amorreus e os jebuseus. 11Vejam, a arca da aliança do Soberano de toda a terra atravessará o Jordão à frente de vocês. 12 Agora, escolham doze israelitas, um de cada tribo. 13 Quando os sacerdotes que carregam a arca do SENHOR, o Soberano de toda a terra, puserem os pés no Jordão, a correnteza será represada e as águas formarão uma muralha”. 14 Quando, pois, o povo desmontou o acampamento para atravessar o Jordão, os sacerdotes que carregavam a arca da aliança foram adiante. 15 (O Jordão transborda em ambas as margens na época da colheita.) Assim que os sacerdotes que carregavam a arca da aliança chegaram ao Jordão e seus pés tocaram as águas, 16 a correnteza que descia parou de correr e formou uma muralha a grande distância, perto de uma cidade chamada Adã, nas proximidades de Zaretã; e as águas que desciam para o mar da Arabá, o mar Salgado, escoaram totalmente. E assim o povo atravessou o rio em frente de Jericó. 17 Os sacerdotes que carregavam a arca da aliança do SENHOR ficaram parados em terra seca no meio do Jordão, enquanto todo o Israel passava, até que toda a nação o atravessou pisando em terra seca.
1ª parte: Deus quer ir à frente de seu povo
4 Mas mantenham a distância de cerca de novecentos metros entre vocês e a arca; não se aproximem! Desse modo saberão que caminho seguir, pois vocês nunca passaram por lá”.
A vida nos leva muitas vezes a lugares que nos são totalmente desconhecidos. Isso nos causa muito incomodo, pois preferimos pisar em chão conhecido. Por conta disso, Deus quer ir andando à nossa frente nos mostrando qual a melhor rota a ser seguida. Deus quer guiar nossos passos. o Senhor quer nos ensinar a tomar as melhores decisões, a seguir os melhores caminhos. Deus quer estar à frente de nossas vidas por completo.
 2ª parte: para receber é preciso buscar
5 Josué ordenou ao povo: “Santifiquem-se, pois amanhã o SENHOR fará maravilhas entre vocês”.
Muitas pessoas acreditam que graça de Deus é sinônimo de conivência, ou seja, acreditam que Deus abençoa a hipocrisia. Não se deixem enganar, Deus aceita a qualquer tipo de pessoa e perdoa qualquer tipo de pecado, até mesmo o hipócrita encontra perdão no Senhor. Mas, o que não podemos nos esquecer é que Deus perdoa o arrependido. Nunca se esqueça disso: “Deus perdoa o arrependido”.
Santificar-se é derivado da palavra santo, que significa separado para Deus. Santificar-se é buscar andar mais na presença de Deus, e isso só é possível quando cada vez mais fazemos à vontade do Senhor. Santifica-se aquele que realmente quer receber.
  Às vezes algumas pessoas se dirigem para a Igreja, com os seguintes pensamentos:
  1. Bem que ao invés de domingo, hoje poderia ser sexta-feira, assim não teria que trabalhar amanhã;
  2. Quero só ver se o Fulano de Tal vai à igreja hoje;
  3. Perdi o final do jogo, qual terá sido o placar?;
  4. Quem será que vai ser eliminado do Big Brother;
  5. Etc.
Outras pessoas se dirigem para a igreja, com pensamentos diferentes:
  1. Vou para uma festa;
  2. Vou louvar e adorar a Deus;
  3. Vou entragar, nas mãos de Deus, todos os meus problemas e tudo o que me atrapalha a andar na presença do Dele, pois Ele cuidará de tudo;
  4. Mesmo estando triste, na presença do Senhor vou me alegrar;
  5. Deus vai falar comigo.
 Agora eu pergunto, quem será mais abençoado? O primeiro ou o segundo grupo. 
Por isso disse Josué: “Santifiquem-se, pois amanhã o SENHOR fará maravilhas entre vocês”. O segundo grupo santificou-se, por isso o Senhor realizará maravilhas em suas vidas.
3ª parte: Deus quer fazer prodígios e maravilhas na vida de seu povo
15 (O Jordão transborda em ambas as margens na época da colheita.) Assim que os sacerdotes que carregavam a arca da aliança chegaram ao Jordão e seus pés tocaram as águas, 16 a correnteza que descia parou de correr e formou uma muralha a grande distância, perto de uma cidade chamada Adã, nas proximidades de Zaretã; e as águas que desciam para o mar da Arabá, o mar Salgado, escoaram totalmente. E assim o povo atravessou o rio em frente de Jericó.
             O rio Jordão durante o período da colheita tem correntezas muito fortes, que podem facilmente afogar uma pessoa. Deus escolheu justamente esse período para fazer o povo atravessar o rio.
             A travessia do um rio Jordão pode simbolizar dificuldades que temos de enfrentar. Diante disso podemos alguns comportamentos diferentes:
  • Não querer atravessar a tormenta, acreditando que Deus antes acalmará tudo, e a travessia será feita por uma estrada calma, silenciosa e florida;
  • Querer atravessar a tormenta por conta própria, acreditando que Deus já lhe deu força suficiente e que irá atrás como um guarda costas;
 Para o primeiro grupo:
           Preste atenção no texto e perceba que Deus não fez o rio acalmar-se. O Senhor abriu caminho seguro entre as correntezas.
 Para o segundo grupo:
             Preste atenção no texto e percebe que Deus não se propôs a ir atrás. O Senhor disse que iria à frente mostrando o caminho.
             Pode ainda existir um terceiro grupo:
Esse grupo é melhor demonstrado nas palavras do salmista, “ Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” (Sl 23,4).
 Conclusão
 Deus tem grandes coisas para nossas vidas.
Deus:
 1º) Quer ir à nossa frente, pois não sabemos o que nos aguarda;
2º) Determina que para recebermos essa orientação, é preciso que a busquemos em santidade de vida;
3º) Quer realizar grandes feitos em nossas vidas.

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