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Quando escrevo algo e publico, sei que me coloco na condição de possível formador de opinião, porém, e quero que isso fique bem claro, tenho plena consciência de que minha opinião é apenas mais uma num universo de bilhões.
Assim, se você puder deixar um comentário sobre os textos que estão postados aqui, será muito interessante.
Se conversarmos sobre nossos dogmas, paradigmas e outras "verdades", poderemos juntos aumentar nosso alcance de visão e passaremos a enxergar um pouco além da ponta de nossos narizes, ou não.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Liderança

Não há como liderar quem não quer ser liderado

            Há poucos dias fui convidado para ministrar alguns cursos sobre os temas “Liderança”, “Como falar em público” e “Resolução de conflitos”. Como aceitei o convite, imediatamente comecei a separar o material de estudo.
            Na área de liderança existem muitos, mas muitos mesmo, livros sobre o assunto. São as mais diversas abordagens. Alguns falam sobre liderança servidora, minha preferida, outros sobre os tipos de liderança, como liderar, tipos de líderes, etc.
            A maioria esmagadora tenta, de uma forma ou de outra, ensinar ao leitor como ter sucesso na difícil arte de liderar. O que quase nenhum aborda profundamente, superficialmente sim, é o fato de que é impossível liderar pessoas que não queiram ser lideradas.
            Analisando o material que tenho, cheguei ao seguinte impasse, pelo menos para mim: “qual linha de pensamento adotar no curso”. É preciso ter um norte, um lugar para se chegar. Afinal de contas sou formador de opinião e não ter uma é muito contraditório. Ainda que não tenha a pretensão de fazer as pessoas pensarem da mesma maneira que eu.
            A linha que escolhi foi a mesma que adoto no comportamento, ensinado por Jesus, e competentemente divulgada por James C. Hunter em seus livros O monge e o Executivo e Como se tornar um Líder Servidor, obras as quais indico.
            Por que esse hiato? E as pessoas que não querem ser lideradas? Fugiu do assunto?
            Não fugi do assunto. O hiato é para dizer que obrigatoriamente temos que seguir certos caminhos na vida e isso vai depender do nosso conjunto de certezas e qualidades, ou melhor falando, personalidade e caráter.
            Como liderar envolve política! - pelo amor de Deus, no bom sentido da palavra. Você poderá encontrar, certamente encontrará, pessoas que não queiram ser lideradas, mais especificamente, não queiram ser lideradas por você.
            Aí é que entro em conflito com parte dos autores sobre o tema, pois tentam passar a impressão de que se adotarmos todas as suas lições, vamos liderar todas as pessoas, em todos os lugares e em todo o tempo. Isso não é verdade.
            Muitas vezes você encontrará, sem fazer juízo de valor, pessoas com personalidade e caráter completamente diferente do seu e elas podem decidir que não serão lideradas por você. Não importa se você acredita que é o melhor líder da face da Terra, para essas pessoas você não é.
            O melhor exemplo disso foi Jesus. Você pode até não considerar Jesus como o messias Salvador, adorado pelos cristãos, mas que ele foi um grande pacifista não se discute. Pois bem, buscando pregar a paz ele encontrou pela frente alguns grupos chamados de fariseus, saduceus e escribas que tomaram a seguinte decisão: matar Jesus.
            Não importa o que Jesus fizesse: curas, milagres, ressuscitar mortos, receber com amor e respeito todo tipo de gente. Esses homens estavam determinados a não aceitar sua liderança.
            Sejamos sinceros, algumas vezes isso vai acontecer. Não importa o que você faça, algumas pessoas vão escolher não ser lideradas por você e não serão.
            Não é questão de capacidade, competência, eficácia. A questão é que por motivos particulares e diversos, essa decisão será tomada e ponto final.
            Se você tem plena consciência de que fez e faz tudo o que está ao seu alcance para ser um bom líder, não deve se deixar abater demais. Passado o susto e a tristeza que devem ser breves, levante a cabeça.
            E qual decisão tomar? Cada um toma a sua decisão.
            O meu conselho é que, como você não é Jesus, por isso não tem vocação para Salvador, ou seja, não foi escolhido para morrer por todos, vá embora. Isso mesmo vá embora.
            Tenha consciência de que escolher o contrário é declarar guerra. Perde-se todo o foco, a missão e tudo de bom que o projeto tem. O que passa a valer é a sobrevivência e para sobreviver acabamos fazendo coisas drásticas, como por exemplo, negociar sonhos e ideais.
            Deixe o grupo substituir o líder e faça um favor a si mesmo, substitua o lugar e os liderados.
            Isso não tem nada a ver com sentimentos do tipo ódio ou amor, ser bom ou ser ruim, se outro vai fazer o que você não fez ou ser valente ou covarde. Tem a ver com escolhas. Jesus sabia que os fariseus, os saduceus e os escribas não queriam ser liderados por ele. Por isso não tentava liderá-los, algumas vezes até evitava a presença deles.
            Ele não fazia isso por fraqueza ou incompetência. Sabia que seria perda de tempo tentar liderar alguém que não queria ser liderado por ele.
            Por isso no seu projeto de vida você deve ter, como já disse antes, um norte, um lugar para chegar. Deve saber que tem um perfil e não todos os perfis. E perceber quando é hora de partir.

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